NewsSonae MC: “Atuamos para prevenir e reduzir os impactos nos ecossistemas naturais”

Sonae MC: “Atuamos para prevenir e reduzir os impactos nos ecossistemas naturais”

Na senda do desenvolvimento sustentável, a Sonae MC destaca-se como um dos principais intervenientes no panorama da bioeconomia azul. Marlos Silva, líder da área de Digital & Inovação e diretor de Investigação e Desenvolvimento, partilha os compromissos em torno do oceano e revela alguns dos resultados alcançados com este empenho. Presidente da direção do B2E CoLAB, Marlos Silva é o protagonista desta edição do Ocean Connectors.

Quais são os principais resultados do trabalho da Sonae MC no âmbito da bioeconomia azul?
O nosso grupo está empenhado na sustentabilidade, focado em acelerar o progresso e o desempenho sustentável para o futuro do planeta e das pessoas. No que diz respeito à biodiversidade e à água, visamos promover a proteção, restauração e regeneração da natureza e dos seus serviços ecossistémicos, abrangendo solos, água potável e oceanos. Atuamos para prevenir e reduzir os impactos e pressões das atividades comerciais ao longo da cadeia de valor nos ecossistemas naturais, promovendo a sua conservação e regeneração. O Continente é a primeira cadeia de distribuição alimentar portuguesa a obter as certificações MSC e ASC, exibindo o selo azul MSC para pesca sustentável e o selo de aquicultura responsável ASC. Os padrões MSC e ASC garantem a rastreabilidade dos produtos desde a pesca sustentável e aquacultura, desde a fonte até ao consumidor final, e a nossa certificação abrange todas as 41 lojas Continente, 3 plataformas logísticas e mais de 1000 trabalhadores treinados sob o processo de avaliação. Possuímos a certificação MSC e ASC em várias espécies/produtos para reforçar o nosso compromisso com a sustentabilidade dos oceanos, respeitando a população das espécies, o ecossistema marinho e reconhecendo os nossos fornecedores que seguem práticas sustentáveis na gestão de recursos marinhos.

Um projeto no domínio da bioeconomia azul desenvolvido pela Soja de Portugal e do qual se orgulhe.
O Valormar, que liderámos com orgulho numa parceria científica com o CIIMAR, desenvolveu soluções tecnológicas inovadoras para potenciar a valorização e o uso eficiente dos recursos marinhos, através da integração de cadeias de valor, numa lógica de economia circular. Este projeto, amplamente reconhecido como um caso de sucesso na cooperação, valorização e inovação na bioeconomia azul, entregou novos produtos marinhos, tecnologias e processos para a indústria e o mercado. Além disso, apresentou um conceito de plataforma para a integração da cadeia de valor do peixe, novas tecnologias e processos para a aquacultura e novos conceitos de Bio-Refinarias Marinhas.

Um projeto ou ideia que gostaria de implementar na bioeconomia azul?
Diria dois: a integração digital eficaz da cadeia de valor do pescado, nomeadamente para uma melhor gestão em termos de qualidade e sustentabilidade, assim como para informar e educar os consumidores sobre comportamentos mais sustentáveis; e a inclusão massiva de algas (produzidas de forma sustentável) na alimentação humana, extraindo valor para uma nutrição saudável e sustentável, mas também como alternativa a fontes menos sustentáveis de nutrientes.

Como imagina a bioeconomia azul daqui a 30 anos?
Defendo uma relação simbiótica com os nossos oceanos para alimentação, transporte e atividades de lazer, entre outras. É assim que gostaria de a imaginar daqui a 30 anos. Por outro lado, em muitos níveis, hoje esse futuro não parece tão promissor, mas a importância dos ecossistemas marinhos e os efeitos dos danos que estamos a causar irão forçar-nos a mudar o nosso comportamento em direção a esse tipo de relação com os oceanos e a bioeconomia azul.”

Qual a importância do trabalho desenvolvido pelo B2E CoLAB?
Ainda há muito a aprender e fazer na bioeconomia azul, e as atividades do B2E CoLAB, resultantes do esforço conjunto de entidades científicas e empresariais relevantes, são cruciais para desenvolver eficazmente os setores de recursos marinhos vivos, biotecnologia marinha e aquacultura sustentável. Facilitar a transferência de tecnologia da ciência para os negócios, promover a sustentabilidade e a literacia dos oceanos na sociedade e, por fim, fomentar a inovação colaborativa são aspetos fundamentais do trabalho realizado pelo B2E CoLAB.

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