NewsTransferência de Conhecimento e Tecnologia Azul – desafios e oportunidades

Transferência de Conhecimento e Tecnologia Azul – desafios e oportunidades

A Bioeconomia Azul em Portugal é essencial no combate às alterações climáticas, promovendo a sustentabilidade e valorizando os recursos aquáticos. Transformar essa biomassa em produtos inovadores fortalece a economia, aliando exploração responsável a tecnologias avançadas e gestão ambiental eficiente.

No entanto, o caminho não é isento de desafios. Apesar dos avanços, o financiamento limitado, a falta de capacitação, a insuficiência tecnológica e a fragmentação dos stakeholders, dificultam o progresso e a inovação no setor. Estes obstáculos exigem soluções criativas e colaborativas para desbloquear o verdadeiro potencial da Bioeconomia Azul.

Aqui, a Transferência de Conhecimento e Tecnologia desempenha um papel essencial na Bioeconomia Azul, facilitando a ligação entre universidades, centros de investigação e empresas. A Oceano Fresco, fundada em 2015 na Nazaré, é um exemplo de sucesso na transferência de conhecimento científico para o mercado, ao inovar na aquacultura sustentável de bivalves com tecnologias de ponta e atrair mais de 23 milhões de euros em investimentos até 2024. Por outro lado, a Sea4Us, fundada em 2013 como um spin-off da Nova Medical School, é uma empresa biofarmacêutica portuguesa que desenvolve novos medicamentos baseados em compostos marinhos, destacando-se no tratamento da dor crónica com um analgésico inovador não-opioide, e tem atraído investimentos significativos, incluindo 5,96 milhões de euros do European Innovation Council em 2023, para avançar as suas atividades de investigação e desenvolvimento. A Ínclita Seaweed Solutions e a Fykia Biotech são spin-offs recentes do CIIMAR que operam na área biotecnologia marinha e que rentabilizam o poder das algas marinhas para a farmacêutica, cosmética, a nutracêutica, a petcêutica e para alimentos e bebidas funcionais.

No B2E CoLAB, acreditamos que a Transferência de Conhecimento e Tecnologia é organizada para tornar o conhecimento técnico aplicável, promovendo soluções inovadoras através de parcerias, projetos colaborativos e cedência e/ou licenciamento de tecnologias, além de incentivar a mobilidade entre academia e indústria. Apesar dos desafios da criação de start-ups e spin-offs na Bioeconomia Azul, devido aos elevados custos e riscos erroneamente percecionados, o B2E CoLAB apoia estas empresas, atuando como intermediário na transferência de tecnologia e na gestão de propriedade intelectual.

Outro pilar essencial é a capacitação de stakeholders para enfrentar desafios técnicos e comerciais, colmatando lacunas em áreas como gestão de propriedade intelectual, inovação aberta e empreendedorismo. O B2E CoLAB visa fortalecer competências ao longo da cadeia de valor da Bioeconomia Azul, tornando a qualificação numa vantagem competitiva que alinha os diferentes agentes às exigências do setor.

Por último, a internacionalização da Transferência de Conhecimento e Tecnologia é uma oportunidade estratégica para expandir a Bioeconomia Azul, pois a internacionalização do conhecimento e tecnologias made in Portugal conecta o país a mercados globais, parcerias internacionais e financiamentos, promovendo inovação e visibilidade no setor. Iniciativas como as do B2E CoLAB procuram integrar o setor nas redes globais, ampliando o acesso a novos mercados, financiamentos competitivos e investimentos estrangeiros. Essas alianças aumentam a visibilidade das empresas setor e criam um ambiente favorável para a inovação colaborativa.

Neste contexto, o B2E CoLAB reafirma o seu compromisso em ser um agente catalisador da transformação na Bioeconomia Azul. Trabalhamos para conectar pessoas, ideias e tecnologias, criando sinergias que impulsionam o setor e tornam Portugal uma referência global. Com uma abordagem colaborativa e orientada para resultados, continuaremos a enfrentar desafios e a abraçar oportunidades, consolidando o nosso papel como motor de inovação e desenvolvimento sustentável.

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