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Ciência prepara aquacultura para missões na Lua

Um projeto pioneiro chamado Lunar Hatch está a testar a viabilidade de desenvolver aquacultura em missões espaciais. O objetivo? Produzir robalos no espaço para alimentar astronautas em futuras viagens à Lua – e até a Marte.

Segundo o jornal The Guardian, o projeto está a ser liderado pelo investigador francês Dr. Cyrille Przybyla, do Instituto Francês de Investigação para a Exploração do Mar (Ifremer). A ideia baseia-se em enviar ovos de robalo fertilizados para o espaço, onde estes deverão eclodir durante o trajeto até à Estação Espacial Internacional (ISS).

Os primeiros testes demonstram que os embriões sobrevivem às vibrações do lançamento e às condições extremas da viagem espacial. Se tudo correr como previsto, os robalos poderão ser cultivados em sistemas fechados de aquacultura, que reutilizam todos os recursos, incluindo águas residuais e resíduos biológicos, num ciclo verdadeiramente circular.

A ambição do Lunar Hatch é criar uma cadeia alimentar fechada e sustentável em ambiente lunar, usando gelo dos polos da Lua como fonte de água. Estes sistemas poderão também ter impacto na Terra, nomeadamente em comunidades isoladas com difícil acesso a alimentos frescos.

Enquanto aguardam luz verde para o primeiro envio ao espaço, os cientistas continuam a estudar o comportamento dos robalos em Palavas-les-Flots, no sul de França. O projeto conta com o apoio da agência espacial francesa (CNES) e poderá integrar futuras missões coordenadas com a NASA.

A corrida já começou: também a China está a desenvolver sistemas de aquacultura de circuito fechado para utilização em estações espaciais.

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