NewsAquacultura em Portugal: Uma perspetiva de crescimento

Aquacultura em Portugal: Uma perspetiva de crescimento

A aquacultura em Portugal, impulsionada pela sua extensa linha costeira e rica biodiversidade marinha, é uma indústria em ascensão evidenciando um notável crescimento e impacto económico. Com uma produção aquícola que ascende a mais de 17.000 toneladas e uma receita gerada de mais de 160 milhões de euros, o setor demonstrou sua resiliência e potencial para atender às crescentes demandas por produtos do mar.

Entre as espécies mais cultivadas no setor aquícola português, destacam-se a amêijoa, a dourada e o pregado. Estas espécies, com as suas qualidades distintas contribuem substancialmente não só para a produção aquícola total, como ocupam um lugar especial na identidade culinária e cultural de Portugal.

Este panorama de grande potencial da aquacultura portuguesa, marcado por crescimento sólido e diversificação, incentiva a uma análise mais aprofundada sobre os desafios e oportunidades que moldam a qualidade do pescado e de como manter um equilíbrio entre a expansão e a excelência do produto.

O controlo de qualidade está presente em todas as etapas do processo: desde práticas meticulosas de colheita e manuseamento que priorizam o bem-estar do pescado, até métodos de transporte eficientes que garantem a frescura ideal até o produto chegar aos mercados.
A gestão rigorosa da qualidade da água, os sistemas de rastreabilidade e a adesão a padrões de higiene e processamento exigentes, contribuem ainda mais para o compromisso do setor com a excelência. Testes laboratoriais regulares avaliam fatores como a frescura e conteúdo nutricional, contribuindo com conhecimentos cruciais que orientam melhorias contínuas.

À medida que os consumidores procuram cada vez mais opções alimentares nutritivas e de origem responsável, o pescado de aquacultura apresenta-se como uma opção óbvia. Tal como o pescado selvagem, o pescado de aquacultura é rico em nutrientes: em vitaminas A e D, minerais importantes (iodo, zinco, magnésio, ferro, selénio) e tem baixos níveis de colesterol, juntamente com proteínas de fácil digestão. No entanto, é mais rico em gordura do que o pescado selvagem, que contém nada menos do que os desejados ómega-3, que são tão bons para nós. Além disso, é ecologicamente mais sustentável e, devido à sua proximidade, chega ao mercado em menos de um dia. Não há nada mais fresco do que isto.

Portugal é um dos países com maior consumo de pescado per capita da UE e importa cerca de 75% dos produtos de origem marinha que consome e, segundo a Estratégia Nacional para o Mar é imperativo reconverter até 2030 a pesca num dos setores de atividade com maior sustentabilidade e, por conseguinte, aumentar a preferência por pescado nacional, destacando aqui também a importância de se investir na aquacultura nacional.

A Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030 destaca a aquacultura nacional como ferramenta crucial para inverter a tendência atual no que diz respeito ao abastecimento tradicional de pescado, visando o seu desenvolvimento sustentável e padrões de qualidade e ambientais elevados. Estabelece como meta aumentar a produção aquícola nacional para 25 mil toneladas por ano, impulsionando o setor de maneira sustentável.
Em síntese, a aquacultura portuguesa destaca-se não só pelo seu notável crescimento e diversificação, mas também pela aposta na qualidade do pescado produzido. A sua frescura incomparável, a qualidade superior e o compromisso com a sustentabilidade fazem dela a escolha ideal para quem procura uma alimentação saudável e responsável.

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